sábado, 25 de agosto de 2012

Força

uma força elétrica
me puxando,
no inverso
do quadrado da nossa distância.

te esqueço
e por um segundo
quando vejo uma passagem tua,
na minha órbita,
te sinto tão perto
que me deixas saudades do timbre da tua voz
dizendo cantando
que podias largar tudo
pra conhecer o mundo
em sonhos eternos
com teu sorriso em mim

teu sorriso em mim.

e se não fosse minha
seria esquisito
porque és.
és?
em algum artifício criado
num Fourier desengonçado
onde quem sentiu
meu amor por lá
jamais olviu, olvidou.

me ama, agora.
que te amarei pra sempre
sem ferramentas esquisitas,
modelos menos.

te amarei completa

ai, que piegas
porque já me rendi.
cantarolando músicas piegas nas vitrolas antigas de saudades esquecidas sem vírgulas de ti
parei e viajei, te abracei, senti
que sem conseguir te ter realmente aprendi
a esquecer meu eu e lutar por tu real
aqui
locus mente
descentralize

se não loucos
criados em centros urbanos
teremos

virtualize
e abrace
intensa
MENTE

até que não haja
mais pudor
de amar
eterna
MENTE

cascos arranham
vidros
vista embassada
enquanto tolerância
de si mesmo
não for
trei
NADA

conhecendo-te-a-ti-mesmo
resgatando
mártires
na tua viagem

larga mochilas
apenas apoia
cajado
e continua

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Maestro

eu acho q vou ser maestro quando crescer. imagina, cada acorde tacitamente treinado nos ouvidos para provocá-lo no momento certo...

uma batuta simbolizando arcos imaginários sendo transformandos em som. você de costas pro povo, concentrado com a criação.

uma piscadela no vento e um sorriso provocado numa multidão.

e no final da obra, um silêncio, um suspiro e aplausos apressados e gratos por cada momento de inspiração.