terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vento


e o garoto controlava o fio em sua mão. desviando de correntezas de ventos inseguras, de nuvens não-elefantes aquela pipa tecida por sua mão

uma força do vento qse q maior que ele, mas por acontecer em segundos descompassados verificava e afirmava toda elegância de sua gravidade.

parecia ser consciente de cada gesto que com esmero desviava seu aéreo engenho de pedregulhos galacticos perdidos em seu céu.

qndo se viu, já era o próprio elegante guia de uma charrete parabolicamente singular àquela filosofia platonica: ele, seus vícios e virtudes

aquela pipa lhe levara intra-reticulamente a cada desvio de caminhos obscuros de sualma. era um cavalo desbravando uma floresta nova: s'eu.

jubilou seus atos em arquimedianos arcos num profundo mar de verdades. eram arcos de arcaicas molduras: esmeraldas invisíveis enfeitavam.

renegou simbolicamente aquelas representativas e se viu na virtualhagésima dimensão. anáforas lhe eram ouvidas: volte verdades vividas. era.

e num espiral esquecido, se viu ascender naquela q já não era mais sua camada epitelial terraqueamente conhecida: estava nú, em consciencia
e se dissesse q estava em casa, iria repetir contos. estava em causas: vivndo e abortando missão em cada mente q quissesse experimentar voar

domingo, 11 de dezembro de 2011

Q-u-e-da


já que estava caindo
levantei os braços e desejei postegar a queda
prendi pensamentos de longa duração num fastioso caminho de retorno.
havia inimigos: gravidade, medo da queda e solidão.
desejei ao menos que no fim da queda tivesse navalhas de occam
que me dividisse em pequenas partes de mim mesmo: na simplicidade alegórica da re-construção do que julgaria ser eu.
e investido no pensamento pesado e temporal, cujo relativismo me fez passar trilhares de vidas criando situações, condições e meios,
de repente, expirou o tempo do último suspiro neural e tomei conta da realidade da queda novamente: estava eu, há pouco, perto de mim mesmo: num absoluto escuro, onde apenas a consciência habitava e tomava eco.


e decidi não mais pensar: mas entender a queda, o retorno, a violência de cada 9,98 metros em cada segundo despencado. revi alguns mestres, de branco, abordando lições já gravadas no peito. revi amigos, conquistas, medos e pesadelos.


até que acordei: e já estava em casa.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

vinte a mim 20 11 20 11

pelas pernas
entre-laça-das
nós
deitados
vendo estrelas

sorriso de
descobertas - sem lençol

um frio amortecido pelo calor de apenas estar em cont
ato
com você

idos
idéias
carinhos
ninho
num braço
laço
repetir


vem
a
mim.
logo
ficar
assim: construir.

se jogar: de olhos abertos
em
nós
a sós
sentir.

domingo, 18 de setembro de 2011

possibilidades descobertas de um universo possível
a literatura arranca de si pessoas, conglomera em poesias unidas
enfileiradas pelo gesto, fazendo do contorno um círculo
são unidas, um passo, no centro, outro, distante.

uma neblina escandalosa caudalosamente rígida
que bate, machuca... um claustro familiar
é nosso próprio egoísmo, dizendo pq somos, pq temos e pq nao vemos
.

uma flor desabrocha, serenamente expele aquele ar de calma, de manhã.
os passos de quem sugere andar além daquele broto minúsculo
encoraja a lagarta a devorar tamanha beleza
mas ao mesmo tempo ergue suas espadas-espinhos afim de se proteger

pesos neuronicamente unidos numa natureza em equilíbrio
ajuste limiatóricamente novo se faz
uma inteligente forma de encarar matemática: descobrir.

um fio de espada a encorajar
um peito firme e externo ao mundo
para dizer que irá proteger
como guardião envolve-se no quieto caminho
um quarto caminho lembrado
os passos de Gurdjief acessos
para lembrar do velho
da Chama

apenas decidir que quer ser feliz
não atrapalhar
tentar fazer
acordar, laboriar e nunca mais dormir

fiz.

sábado, 13 de agosto de 2011

rosto

contornar com dedos
era um trovoado compassado
acorde adiantado de voláteis vontades
micro vontades, micrometros próximos de ti
era um sorriso gigante
me apertei tanto
que sumi.
há 2 minutos · Privacidade: · Curtir ·

Fernando Neto
folhas esmagadas, ruídos, sinaletos chamados
de uma floresta nao habitada.
há um passo, após outro. a lua ilumina, era noite, caminhos abstratos.
de repente: um morro, gaussianamente verdadeiro.
é lá: no topo.
topei, era apenas uma pedra diante de umas verdades
cheias de véus.
haja idade
ide
à juventude.
há 7 minutos · Privacidade: · Curtir ·

Fernando Neto
e se duvidarem: transparecer
se questionarem: imagem da função mostrar
se desistirem: persistir
se nao sorrir: serenizar
pra
sentir
há 9 minutos · Privacidade: · Curtir ·

Fernando Neto
caminhos ortogonais numa silepse afônica
simpatizante ruído
teu caminho sereno, pávido, ereto
traduzindo palavras equacionadas
breves, rápidas, encaixando-se num meu
sorriso, teu sorriso, tb.

pudera, poisson, pois sentir, ser-te, querer-te e apenas
sorrir.

sábado, 16 de julho de 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

Janela


que saudade da janela
das histórias vividas e iniciadas
iniciações aspirais, descobrimentos.
que eras azul, templariamente azul
foste esbranquecida, aconchegante
num não esperado momento coberta de atenção
meu quarto-cósmico em outro lugar alocado
pra lembrar, talvez, da minha não-aconchegante missão
de organizar o jardim e deixar de ser homem-uno, homem-duplo,
triplo-homem
e conhecer o quarto
caminho.

mas que apego é esse aconchego
ninguém quer ver o viver vivido volitando vozes vagarosamente
ao redor
querem coberta, descobrir o que já sabe

talvez seja missão
recomeçar de outro começo
limpar outros quartos
conhecer os imaginários
deitar/meditar/ver estrelas
em outras posições.

meu quarto:
ex-quadro
esquadro
pra me livrar
do curvado
alinhar-se: retas
retidão
acordar
acordear
estar
aqui.

Quarto azul,
adeus.
estarei aqui, perto de ti,
e te olharei nas janelas
das luzes tríplices acendidas
pra lembrar que me foste Templo
sacros-momentos.

Janelas,
sempre abertas,
sorridentes caminhos,
histórias plurais,
guardadas.

que D'us me proteja
nessa ca minh ada