segunda-feira, 24 de setembro de 2012

periodicidade harmônica
desarma
repete, enternece

uma cíclica natureza
amortecendo
coeficientes

construção, repetida
arbórea, prazerosa
humana

dos sorrisos que
em imagem alcançamos

é teu sorriso
obrigado.








22/set/2012

sábado, 25 de agosto de 2012

Força

uma força elétrica
me puxando,
no inverso
do quadrado da nossa distância.

te esqueço
e por um segundo
quando vejo uma passagem tua,
na minha órbita,
te sinto tão perto
que me deixas saudades do timbre da tua voz
dizendo cantando
que podias largar tudo
pra conhecer o mundo
em sonhos eternos
com teu sorriso em mim

teu sorriso em mim.

e se não fosse minha
seria esquisito
porque és.
és?
em algum artifício criado
num Fourier desengonçado
onde quem sentiu
meu amor por lá
jamais olviu, olvidou.

me ama, agora.
que te amarei pra sempre
sem ferramentas esquisitas,
modelos menos.

te amarei completa

ai, que piegas
porque já me rendi.
cantarolando músicas piegas nas vitrolas antigas de saudades esquecidas sem vírgulas de ti
parei e viajei, te abracei, senti
que sem conseguir te ter realmente aprendi
a esquecer meu eu e lutar por tu real
aqui
locus mente
descentralize

se não loucos
criados em centros urbanos
teremos

virtualize
e abrace
intensa
MENTE

até que não haja
mais pudor
de amar
eterna
MENTE

cascos arranham
vidros
vista embassada
enquanto tolerância
de si mesmo
não for
trei
NADA

conhecendo-te-a-ti-mesmo
resgatando
mártires
na tua viagem

larga mochilas
apenas apoia
cajado
e continua

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Maestro

eu acho q vou ser maestro quando crescer. imagina, cada acorde tacitamente treinado nos ouvidos para provocá-lo no momento certo...

uma batuta simbolizando arcos imaginários sendo transformandos em som. você de costas pro povo, concentrado com a criação.

uma piscadela no vento e um sorriso provocado numa multidão.

e no final da obra, um silêncio, um suspiro e aplausos apressados e gratos por cada momento de inspiração.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Em mim

não tá convergindo. não tá convergindo. jogo a moeda. anotações de mim.


sinceridade é um amontado de verdades. como todo corpo q tem massa, gera momento e, dependendo do vetor velocidade, pode machucar. atente-se


monossílabos escancarados em verdades aciclomáticas. pseudoanálises de uma faceta prolixa da gramática vazia. prefiro silêncio.


jubiloso caminho de luz! florestas num jardim. flores num pomar. cadê, Jardineiro, a ordem que me prometeste? Cadê junho?


saiu, com flores invisíveis na mão. a cada um que cruzava, erguia seu frágil braço em busca de união. entrega uma flor, em cada coração.


Havia um túnel secreto. Bastava que contasse um segredo seu que um segredo alheio lhe era revelado. Sempre uma dúzia pelo dobro de seis.


bela e formosa. um cândido, um trajeto sólido arraigando friezas no viajar cósmico. uma estrela cadente fria, num universo vazio. mas meu.


cortesias: Olá, senhorita. Cruzamos a sóis no baile. Cruzamos cocha, paixão, silêncios. Cruzamos nossos eus. Trocamos nossos corações.


preferi bibliotecas que tentassem narrar com vontades humanas o que sentia como humano. livros narravam desejos. Eram tão meus que te dei.


e se não fosse tão real, ordinário e carnal, te tinha nos meus braços vendo estrelas até que um novo universo teimasse a se formar.


conchas, coxas*, compridos e compassados... beijos. de mim.


mas contra argumentos, fabulosos esquisitos passos. eram dúvidas de quem deseja. sentir-deve-ser. seu.


ser eu seu. zero adeus. mil abraços. ser infinito sim.


oi, como, onde? onde estava mesmo? em ti, acima de ti. em si. em cima. dentro de ti. sumi.



sábado, 12 de maio de 2012

Atar-se


Acabo descobrindo atalhos. Mais rápidos, menos gente, menos espera, menos calor. Atalhos.

Atalhos nem sempre é bom: pois é: eles nos abandonam no critério companhia. Muita gente perdida no fluxo, distraída pela vontade de 'sei lá' e você procurando Atalhos.

No caminho de volta pra Casa, nos retornos acalentados de uma saudade  que não sei-dê-que, passei por ruas vazias, escuras, pouco movimentadas.
Alguns acenos, invisíveis pessoas pareciam comemorar minha passagem. Era apenas uma miragem acalentando o coração de quem caminha só.

Sorrisos, às vezes pernas, se fazem memória. Beijo, um carinho. Depois, um silêncio de quem talvez encontre alguém que queira atalhos, sábios, pensados, acordados atalhos... alguém que queira

fugir do normal e acabar: atado

a mim.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Frestas

e, no meio do Nada, tinha uma placa,

somente uma.

estava escrito: "Nenhuma placa, nenhum sinal, é redundante o suficiente para ser ignorado ou omitido".

e só depois de atentar-se para aquela que outros milhares de avisos apareceram.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Secante


Viajou longe e se sente cansado. Mas há uma sombra, sombra de cajueiro q abriga viajante com carne de caju doce. Natureza lhe abraça. Viaja.

A garganta era seca. A sonoridade das cigarras eufóricas reividicavam chuva. Estabeleceu raízes que apalpavam terra árida. Qria viver.

O azedumes daqla caminhada lhe trouxeram vertigens. Cardumes viajantes passeavam num céu estrelado durante a noite. Perseguia amoras. Amores

Cuidando daquela passagem invisível que criara, era beija-flor batendo asas ferozmente a cada decifrar de pérolas vontades de beijar

Naqle mato seco, imaginava rica água dobrando seus joelhos de tanta torrente. Admirava aqla flor no cácto como qm fosse criança. Apaixonado.

Em ascendente carrossel, decidiu pedir parada. Viajante cansado de admirar, resolver cruzar os espinhos da amada: se arranhar, mas admirar

De tão perto, se fez poeta encorajado pelaquela beleza de um norte-leste seco e amado. Curupiras desistiu de lhe assombrar a noite. Delírios

Aqles espinhos já eram pequenos naqla roupagem grossa de quem foi atingido por vezes na pele humana. Era qse couro mas era ele: ex-pele-ente

Vivido e viajado em contrapartidas sórdidas de viajantes que não conheciam o caminho. Se viu agora responsável, e com medo. Devia proteger.

Pássaros carregam-no daquele ambiente. Desmontado de seus medos, arguiram as fantasias e colocaram no trono: De si.

E tudo por causa daquela flor, mandacaru-flor, que morava naquele seu jardim seco. E tava ali, dentro dele, e ele nao viu.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Algemas fritas! Soliteração!

Mundo pouco mais rápido engole
saliva de mansidão

se alimenta de excomungados
e ligeiros profetas que se confundem:
multidão.

são formigas mascarados esperando levante: açucar no alçapão
querem enganar os monstros
prende-los em armadilhas:
consideração.

mascarados nas gravatas de cetim estilizado
compadecentes, raros, se camuflam: não deixam rastros

fui sozinho
escrevi no moinho
que o escravo estava solto
mas não podia, sozinho,
liberar o engodo

Viva a democracia,
gritavam tolos

morros, favelas livres,
menores aprendizes,
ipisilideres do passado

escondidos, famigerados
famintos: de dormir em si mesmos
na noite escura: da evolução.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sem pés idas

Me precipitei naquele suor calcificado
nas antenas da solidão

era eu, desnudo, amplificado, apaixonado
num vórtice de químicas sem equação

aprendi de me ver
sozinho
esquecer de você
e entender a poesia complicada que você tentava
me engolir
rigidamente

cuspir.

Era eu, deitado, no ósculo,
concha, colchetes, pernas
peitos
sem mim
pra sempre

queria é entender
pra depois esquecer
como pílula esquecida no bolso
precaver

como seria se tivesse
sido
pra sempre

eu e você