terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Acordar a vida

Apelada forma de escrever
Os sonhos cambiam as formas
se moldam, é um tracejar fácil e ágil
querendo se distanciar do apogeu mentira.
Regula, planifica, socializa minha vida.
corda firme que sustenta o ócio e verdade se forma: poesia.
já secou o árido, molhou a brisa
nela esqueci-me de mim
é só ela: me pega
me devora
faz-me olvido o passado
a teoria vida me deixa mais pesado
me voa, poesia.
Pois assim és: minha pomba branca
voar galante, esdruxulante gramática de fácil entendimento: pois é vida
Não se interpreta, se goza...
Assim como é o gozo: só outro queremos.
Fácil: poesia; Ainda que sem rima.

domingo, 4 de novembro de 2007

Não se suje.

Boa Viagem
sujeira
prédios
gente
bêbados
gatilhos
em ressaca
côcos
cocôs
boiando
n'água...

Fim de feriado: obrigado, viva a rotina, a natureza agradece.

domingo, 21 de outubro de 2007

à morte

[d] [i] [g] [i] [t] [a] [r] à +morte+ é como #viver# um pouco

c. a. d. a. ¨vida¨ "es--f-acel--ada pela Suª visita

Viver a vida dos amigos, dos parentes que velam sua (matéria) já sem v_ida

A vida é uma _ida_ sem volta;

Morte é uma vinda, sem desped_ida

A todos aqueles que !ajudam! a morte acontecer
Que financiam o ^=tráfico =^
Que compram %status% e esquecem dos pobres
Que deixam irmãos nas calçadas a pedir dinh$iro
Mor_te a ti

Vocês acabaram com o meu d_d' ia.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Mortes vãs

Tempo se passou
nos versos empoeirados
dos amigos-poetas tracejavam
nas poesias encorporados
Tudo foi esquecido: exércitos fraquejados.

Mundo a fora destruido
Rocas barrigas em vão gemido
Gastamos trustes farropilhos
por um tempo arrasado.
Bolsas sem valores e sem juízo
Vendem pobres em milhões
Vendem em sacolas as vidas alheias
enquanto fingimos acreditar na solidão.
Sorrisos esquecem dos massacres
morros acima, vidas a baixo
mortos humanos, sem qualquer dificuldade
e juntos só conseguimos:
gastar com facilidade
patrocinando o cemitério
dos mortos destruidores de vida.
Caixões, Viva a Vida
Engane mais mas venda.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

[amor]

Grande júbilo
juntar-me a ti
nos versos avermelhados
nos tons saborosos do amor
numa parada engarrafada de estupendo
sentimento
tuas pernas estreitando meus sentimentos a ti
teu calor simetricamente medido ao meu
tua boca devorando partidas de mim
gentios mordidas devorando meu juizo
pouco.
abraços, sentimentos, senos
contrariando, cosseno, a álgebra da verdade
somos muito mais que isso
somos Normais
Vem, você.
devorar o resto deixado e largado
da secura nordestina
do sol escaldante do sol impiedoso,
do corpo teu e bocas tuas
verdade: vem rápido.
Quente, teu prazer quente
tuas curvas vertiginosas
percepção da imaculada junção
de almas
simbolizando o conjunto
inteiro,
amor,
sexto
abraço
som
cabelos
bocas
coxas
apertos
Amor: nós.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Púlpito Silencioso: a arte da morte

Já se foi a vida completa
vivemos uma vida controvérsia
cantos, gritos e cânticos
à morte, divino espanto

estupenda arte da criatura
deitar-se, esplêndido berço
da amarga tortura
de ficar calado, travando os beiços
Silêncio, ficamos na amargura
do desespero inversado no barulho
Troféus, títulos e a morte
enfeitam a vida
enquanto desfaçamos
fazer poesia calados
cantamos porno-singles
sem saber.
É a vida, silêncio
e arte
combinam:
na pobreza da'lma desfarçados

terça-feira, 2 de outubro de 2007

2 meses

Os vínculos trocadilhos de uma poesia
Se encaixam na boca tua
Da formosura
Os gestos, troca impermeabilidade poética
Juntos tornar-nos-emos somente amor
Viagens nos paraísos da pureza
Nos júbilos alcançados na senilidade
Juntos beberemos de sol e chuva
Da seca da gentileza vida
Somos tomados

Vingados pela mistureza do nordeste
da seca fizemos trapejo enluarado
na seca, faremos céu nublado
de que juntos seremos dia ensolarado

Quente como as vidas
abrasadoras vidas
se conservam
o nosso amor, findará
quando o sol se encurvar
E o céu tropeçar ninhuma estrela perdida

Fim dos tempos
Não do amor
Ainda há vida
Nesse arquétipo morador
de vidas, serenas, pequenas, perdidas

Beijo bom, menina
Faz 2 meses
Que sabor, tua boca
para sempre.

Que assim se siga, num tropelho
Num rastro empoeirado da vida
Rápido, lampião assolado
Quente, como o sabor do verão
Nosso amor, aquecido, nessa chuva, na paixão
Nunca esqueças, que és estrela cerca
de meu coração

Beijos, teu beijo, meu beijo
Nosso beijo,
[poesia]

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Manifesto à mídia

Aqueles que me estudarem não terão problema algum em saber o que escrevi e quais textos são de minha autoria. Sempre fui ensinado a lembrar das aspas bibliográficas. Talvez o grande problema seja de entender tanto sentimento verbalizado, sua origem. Talvez achem que sou apenas um fanático e alienado. A mídia tem isso, ela comanda, aliena e acha que todos devem seguir às suas lições, quem não segue, deve ter algum problema, o meu é respondê-la é critica-la. Enquanto eu negar a missa das novelas, que prendem as mazelas almas a assistirem merchandising e violência, ela continuará a revidar minhas palavras, também.

Mas não só da crítica é meu berço. Finjo em aprender um pouco mais com ela: uma lição sempre amarga, de que a vida é dura e esfacela-se em traições, vinganças e na marginalidade ascendente de nossa nação.

Ela é indigesta. Segura o bolo populacional nas suas entranhas e o dissolve vagarosamente, no sentido retrógado, inverso, ela não quer lagar esse resto que a alimenta. E nessa lei contra à evolução, resta sim todos os artifícios necessários para vencer essa luta. Desde incausos incitações ao refluxo infame, mesmo que não lance o maudito espectator para fora de seu organismo, mas para que ele saiba e se conserve, sempre, em seus canais fasciculados, até inversões de ponta-a-cabeça, fingindo adiar alguma coisa e lutar contra os movimentos peristalticamente morais, ela insiste no inverso.

Nesse bolo imundo e fingido, só aquelas ervas que são daninhas para seu organismo, que não foram nem sequer mastigadas, quiçá engolidas, é que sobrevivem. Ervas que se dentro dessa rude máquina criadora de energia contra-evolutiva reagiria de tão forma a explodir todo o estômago de vida e seguimentar em partes mortas esse Mídia que surgiu não para letar nossa sociedade, mas que hoje merece os incaussos não do úrico mas do ácido muriaticamente letal.

Nos palcos tubulares, das vilosidades vitais dessa Mída, só resta aquelas medíocres almas que sequer dão conta que alimentam um sistema ocioso, silencioso e milhonário, enquanto, bebendo Líquido Preto, mascando pipoca na poutrona do comercial, fundamentalizam seu estado de espírito inerte e mau desinformado. A mídia, caros-amigos, é o oitavo pecado que Deus nos deu para sistematizar nossa vida na Terra. Nela encontramos tudo rápido, ligeiro, viril, morto, notícia catada, escolhida, as 'melhores', que não prejudicam a noite de quem passou todo o dia trabalhando e agora, frustrado na poltrona, cupando políticos e nordestinos pela vida miserável e estagnadora do país, a curtir um bom drama, de morte, de comédia, a fim de mostrar tudo aquilo que ele vive, violência, pecados, traições; sequer damos conta que a televisão é o espelho. O engraçado disso tudo é que quem ganha milhões são eles, enquanto nós suamos para deitar satisfeito na dura cama brasileira.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Quase que era uma conversa velha

Conta a literatura...
Ah, A literatura não conta nada.
Quem conta são os literários.
Morgaram. Risos.

Utopia Aitpotu

Resposta da minha mãe, grande Mestre, meu exemplo, a meu texto "Aipotu".

Utopia aipotu

Quem dera o lamento que entoa o canto triste dos teus versos
Fosse o reverso dos nossos passos.
Se é triste é porque não estamos
Vivendo a vida para que fomos criados
O nosso reflexo está mergulhado em águas escuras do esquecimento.

Sim. A Utopia é realidade.
Pois temos o dom da Perfeição.
Hoje é o aipotu que surge a nos falar da pena que ora condena o nosso ato sem amor.
Vivemos o inverso do nosso ser.
Vivemos as marcas de um tempo agitado pela ganância versos de solidão.

PENA DE TU... AIPOTU ecoa no infinito
Enquanto não agimos com o coração.
(Graça Ferreira)

sábado, 22 de setembro de 2007

Explica-ações

Cabeça baixa, encabulado,
sorriso adestrado nos acenos obrigatórios dos cotidianos
enfadonhos.
Não pela infelicidade de viver,
nem por medo de saber:
o que estão a falar de mim?
Cabisbaixo, sim.
Decepção, pessimismo, desejo
de querer dragar a vida numa só esperança
De ver raiar, no sol viver, a vida assim como ela foi criada
incentivada aos belos raios, perfumada pela esperança, dourada pelo sorriso alegre,
sem testemunhos fauseadores.
Sou resultado, impropério orgulho, de uma civilização EU
Assim fico EU, a meditar como se conseguem ainda binomiar a vida mundo.
Sou quase desistor, essa vida é um droga
fumo áspero, destruidor, e dar uma dor
Droga, viver para assim morrer e de nada mudar,
assim é a vida: incógnita
Essa violência humana e social
Essa corrupção tão banal
Esse desejo humano de vingança
De resolver os braços com as pernas
De sorrir com o bolso e não com o coração
Ah, se você me acha um erro
me ensine a viver, não consigo te olhar ereto
sem antes perceber
que nos acercos de nossa vida
há gente que nem aprendeu a viver.
Re exige um ato anterior
como ressocializar se antes nunca se socializou
Como reeducar, se nunca se educou
Como errar, se nunca se acertou



Oriental, dos olhos mínguos e verdadeiros, que trouxe
a mim a esperança, verdadeiros
ensinamentos
Vem de novo, vem mostrar que não aprendemos
Sequer ler
o que tu escreveste.

Fico mudo, embalado nesse mundo
Como uma esponja, boiando,
esponja que suga, e nessa osmose
a tristeza se esteticamente se iguala
Perfeito.
o melhor lugar, agora, é a vala.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Claustro Apontuado

Sem reações sem multidões sem conservadores a arruinarem os gostos dos escritores Somos livres talvez mais [presos] pelo silencio ignorante Somos mortos somos silêncio E essa história não chegou ao fim Quero um ponto final

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Literatura

Cavalga, traceja
e põe e lima e corteja
o mimo das palavras ligeiras
sou rato, momento, escândalo
sou triste, sou pobre, sou sândalo
sou amor, já fui terror,
agora sou
esquecida.

A verdade

Confundi-me
errei
mas prevalece
a verdade
mesmo eu não a conhecendo
mesmo eu a ignorando
verdades: véus das idades
maturidade do conhecimento
retirar-nos-emos o véu
fim do lamento
verdade
a-mentira desconhecida.

domingo, 16 de setembro de 2007

Mentira

Vai um grito: cadê a verdade?
Não existe, se perdeu
Onde está?
Malecidência comeu.
Dessa digestão,
só sai sujeira.
Ou você não entendeu
que a mentira faz visita
na morada da tristeza?
Políticos, preconceituosos e mentirosos
os que diferenciam: sobrenomes, com certeza.


Definições de maledicência na internet:
sf 1. Qualidade de maledicente. 2. Ato ou efeito de dizer mal.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

I Manifesto Sócio-Artístico

Recife, 31 de Agosto de 2007

Literários e cidadãos do mundo,

Nessas últimas horas tive pensando o que era literatura. Os versos pareciam fugir da minha fronte. Vieram Aranhas, Machados, Andrades, Amarais atacando-me como se eu tivesse a responsabilidade de erguer um pilar e conceito novo. Na noite sombria que me passou, das lágrimas dos que choraram por tristeza, na calamidade da lua cheia, quase não dormi. E agora estou aqui, cumprindo as formalidades impostas pelos meus passados, camuflando-me na vertigem das palavras dúbias, para que se faça a conexão comigo e o simbolista. E o que é o simbolismo? Isso é outra noite de insônia, prometo quando puder.
Não estou aqui para ser muito conceituista, se é que essa palavra existe. Drummond, através da lua cheia que só apaixona os amantes e joga com seu farol luzente um medo na noite escura aos pecadores, diz-me que “nada além de poucas palavras”. Então que se retire os M’s de seu nome para isso não parecer uma contradição. Mas autor melhor que esse haverá de nascer.
Esse começo me pareceu tudo aquilo que não queria dizer. Talvez, a malícia do segredo de ter uma missão e jamais contar qual era, mas cumpri-la e no final sentir-se feliz, era para eu ter feito. Já que me sucumbi desse direito, deixe-me continuar.
A literatura aparece rastejando na frente do homem, porém, ele só a consegue ver quando sai de sua imaturidade material e enxerga que as letras são como refúgios e manifestos. Através dela, centenas de versos foram escritos e se perpetuaram na história. Desde Homero, até a anti-ditadura camuflada de versos-Chicos, conhecemos a cronologia, apesar que, escritas por mãos e pensamentos próprios, que externavam um pouco de sentimento naquilo que produzia.
E esse é segundo passo para o que se caracteriza a literatura. As emoções ali presentes tornam aquela poesia particular e ao mesmo tempo universal, por se tratar de temas universais. E é também através dela que as palavras se organizam de forma talentosa ou não, dependendo do domínio artífice do escritor.
Mas proponho algo novo. Venho aqui para desafia-los, já que o dia impede que as vozes veladas e veludosas vozes dos poetas passados cheguem até mim a criticar. Por quais infernos escreveram de formas tão diferentes na escalonada cronologia histórica? E é por causa de vocês, que a liberação poética foi se tornando algo tão normal, que até eu, estou me melando de poesia a fazer um único verso. E é por causa deles, que vivemos, também, a poesia marginal com palavrões e com o renascimento das pornochanchadas, vividas antigamente, mas pelo menos elas eram camufladas pelas horas já tardes da madrugada. E viva a diferença.
Queria caracterizá-lo como um manifesto; Quiçá os verbos malfazejos que me destroem, deixem que isso aconteça. Mas um manifesto sem objetivo, em prol de uma cultura já imposta, da liberdade de versos e expressões, de que adianta.
Como sei que até o escárnio mau feito, até a ferrugem que consome a consciência do leitor com a leitura de Drummond são literaturas, proponho que ninguém faça literatura.
Com esse gesto, seria impossível haver tristeza, porque sem literatura, não há reflexão, logo assim não há tristeza. “Quando escrevemos somos incompletos”, para claricear um pouco. Que se queime todos os papéis. Chamam-me de pessimista? É porque não viram as tristezas escorridas dos meus versos dos momentos fugidios, onde me repouso no triste verso, e ponho-me facetadamente dividido e destruído, isso sim é pessimismo. Prefiro ser alienado, quantos são? Beber muito líquido preto, sentir-me bem com isso. Oscular-me no sabor menta do capitalismo e ainda sim, sentir-me bem. Alienar-me vendo que o luxo do Grandes Centros de Compras parece ser um pouco meu e que tudo aquilo me pertence. Que todos têm oportunidades. Que todos são irmãos, só que a caridade, que ajuda os aflitos, de nada serve, porque sustenta o mendiguismo. E mesmo assim, sentir-me bem. Não crer em Deus e viver intensamente e mesmo assim, no momento de maior dor, rogar a Algo Maior a proteção.
E nesta imposição de se destruir os papéis, que se destrua o amor, também. Para que não nasça literatura em lugar algum, porque a literatura provem do amor.
Que os poetas não me repudiem, já mortos, no Além. Mas que me agradeçam, pois seus versos serão esquecidos e assim tornar-nos-emos mais feliz, ignorantes e puros, assim como era Eva e Adão antes da maçã. A maçã do conhecimento não mais comeremos, torna-nos indignos ao paraíso eterno. Que se destrua até as canetas, deixem só os teclados computadorizados com os bate papos virtuais sintéticos e destruidores da gramática portuguesa.
Ironia.
E nesse manifesto sócio-artístico, resta ao mundo aqueles que tiverem vontade de chorar, de se lamentar, de querer mudar; pois só esses conseguirão fazer poesia e sair vivos.
Se a alienação não me chegar, espero que consiga fazer a literatura; Agora, pois, já me defino na literatura: tudo aquilo que foge da alienação.
Agradeço aos sussurros no meu ouvido dos poetas que queriam tanto falar, mas no passado que eles estão, protegidos pela morte, só resta-lhes a intuição. Agradeço àquela que me fez pensar no que era literatura e a desafiar-me com seu olhar clínico, a fazer com que eu me vista de poesia e supere a lápide. Agradeço a Deus. Agradeço a você que conseguiu me ler.

Sincera e fraternalmente,
Fernando” Maciano de Paula Neto

Paz Profunda;

domingo, 9 de setembro de 2007

aipotU

Sonhei um dia que não existia o verbo ter
A fantasia mística da lua encantava, ainda, os corações
O túmulo era lugar de descanso e não de antecipação trágica
A arma de fogo sequer enfeitava os museus, era um nada
A poesia ainda se sentia
A noite ainda era calmaria
Minhas lágrimas eram para alegrias
E não existia tristeza senão a tristeza da despedida necessária do dia
Que não se matava animais para se alimentar
Que a meditação intermediava conversações cotidianas
Que a natureza e os animais eram respeitados, sem excessos
Que eu poderia sorrir sem medo do futuro
Que o alistamento não fosse obrigatório
Que Jesus fosse o exemplo de todos.
Só existe utopia onde não há imaginação.
Desse sonho não quero mais acordar.

Amém.

(lê-se o título ao contrário)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

À morte

Se teus olhos
repousarem
cedo ou tarde
fugidirás desse mar
morto e já sujo
pela ignorância mundana
É a morte, que te leva
mas é a vida que te esperas
Uma vida pura, límpida pela vida,
Pela luz, pelo Amor
Morremos.

velha escola

Claridade
Som
Movimento
O que é a poesia?
Tormento?
Formento
Alegria,
ao escrever-te,
meu amor

Unidade Microcósmica

Ah, que vontade de viajar nos comentários e mentes alheias. De escolher cores, frutos, desejos, de saciar o bom querer viver, de deixar-te feliz, de ser modernista e não moderno, de querer trocar palavras, de criticar-me a mim mesmo, de matar minha sede de alegria, aqui.

De voar no ósculo poético das palavras, de ser eu e todos duvidarem das palavras mau rimadas, das críticas desajeitadas, dos modernos a criticar o novo; Viva o Microcósmico.

E o medo de engolir a solidão? E se ninguém me visitar? Se me olvidarem? S'eu viajar aqui, sozinho, perdido, sem palavras a me suspenderem?

Morreria feliz, sozinho, talvez, mas nunca esquecido do desejo de ter feito algo sorriso, poeta e amante.

Somos uno no meu microcósmico;

Agora eu era herói (8)

Foi no batuque monótono de Chico Buarque, das lembranças do afago bom que só o pai sabe dar, da voz ímpeta e segura de Jaimes que já se foram, da necessidade de segurança que agora tiro das palavras, da poesia minha, da necessidade de escrever, do fugere urbem, da esperança ainda criança que não é capaz de dar coragem a ninguém, crio esse canto meu, um Microcósmico onde possa postar meu Universo, meu Mundo, um lugar particular e ao mesmo tempo inseguro.
Que os viajantes estejam seguro da floresta insegura que agora penetram.
Que Deus me ajude.