sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Secante


Viajou longe e se sente cansado. Mas há uma sombra, sombra de cajueiro q abriga viajante com carne de caju doce. Natureza lhe abraça. Viaja.

A garganta era seca. A sonoridade das cigarras eufóricas reividicavam chuva. Estabeleceu raízes que apalpavam terra árida. Qria viver.

O azedumes daqla caminhada lhe trouxeram vertigens. Cardumes viajantes passeavam num céu estrelado durante a noite. Perseguia amoras. Amores

Cuidando daquela passagem invisível que criara, era beija-flor batendo asas ferozmente a cada decifrar de pérolas vontades de beijar

Naqle mato seco, imaginava rica água dobrando seus joelhos de tanta torrente. Admirava aqla flor no cácto como qm fosse criança. Apaixonado.

Em ascendente carrossel, decidiu pedir parada. Viajante cansado de admirar, resolver cruzar os espinhos da amada: se arranhar, mas admirar

De tão perto, se fez poeta encorajado pelaquela beleza de um norte-leste seco e amado. Curupiras desistiu de lhe assombrar a noite. Delírios

Aqles espinhos já eram pequenos naqla roupagem grossa de quem foi atingido por vezes na pele humana. Era qse couro mas era ele: ex-pele-ente

Vivido e viajado em contrapartidas sórdidas de viajantes que não conheciam o caminho. Se viu agora responsável, e com medo. Devia proteger.

Pássaros carregam-no daquele ambiente. Desmontado de seus medos, arguiram as fantasias e colocaram no trono: De si.

E tudo por causa daquela flor, mandacaru-flor, que morava naquele seu jardim seco. E tava ali, dentro dele, e ele nao viu.

Nenhum comentário: