domingo, 29 de junho de 2008

Nada

E porque diante do Tudo, nos tranformamos em nada.
Um nada celestial, capaz de pensar na sua nada-forma e nada-inteligencia
de repente, tudo é preto, como a cor do nada.
Engolindo-nos, ferozmente, como quem sacode
inteligentemente a azeitona - de nada serve
E o nada engolindo-nos percebe que dentro de nós já é nada
Então desiste
e vai pra outro mundo
buscar seres
que nao tenham tanto nada
como nós

3 comentários:

Elilson disse...

Tua singular e poética crônica, nba qual não faço exagero nos repetidos conceitos, me faz repensar de forma introspectiva a inércia de nosso mundo. Isso se o mundo são as pessoas.
Mas derepente olho ao lado e vejo algo que me remete àquela famigerada frase: "muito barulho por nada" É hora dos nada fazerem barulho por muito, por tudo, pela vida, pelo mundo, pela cidadania.
E aqui, já inicias com vemência essa transformação do nada em algo que se torne um tudo através de tua arte literária que com simplicidade é capaz de golpear de verdade os que acham que detem a arte pelo racionalismo inexpressivo e técnico,.
Que continuemos amigo, levanto alicerces de mudança.

laura disse...

Dá até vontade de pensar em tudo o que é nada.

Prazer, Laura.

Unknown disse...

"No nada não existe nem o espaço, isto é, não há coisa alguma e nem um lugar vazio para caber algo."
De tantas coisas que poderíamos ser, infelizmente somos "nada".
Mas, o que há?
Onde há?
Vivemos numa busca constante por tudo, mas acabamos como "nada".