terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Cíclica vida

vedes que sou marca
serena cicatriz da vida
matéria áspera
só polida pela martiridade
v-i-d-a

ano novo
chega junto
fala em mim
que me queres
gentileza
me adianta
furo buraco na consciência
preciso de ti: esperança
para mim: paciência

um
janeiro
paz
ferve
mar
ponto
abriu
a esperança
amanheceu
jubileu
juzar
a gosto
de tempero
Seth, na porta da tumba
Ou foram oito
Nó que vibra
Que acabosse
não no Dez
Mas no 12
E assim fecha o ciclo
ocultado pelos versos
não escritos.
Que te aguardam, benditos!

Vem com tudo, ano feliz.
é por isso que te aguardo!

4 comentários:

Elilson disse...

Ual!
Bem, que o ano novo não seja simplesmente mais um. Que nosso país possa dar significado real em prática ao que tremula em sua bandeira todos os segundos: ordem e progresso!

Amigo, como já havia dito: teu talento é sensibilizante!
p.s: ou será sensibilizador mais correto?
Enfim, espero que entendas.
Grande abraço para o grande poeta!

Elilson disse...

Inteligente a cada letra.
Assim és tu. Assim são teus textos.

Hamon Dennovan disse...

Hum texto legal...
estou ancioso p terminar esse meu ciclo... 12 meses, 1 ano e depois só saudades...
sinto tua falta lá no manifesto

Antonio de La Maria disse...

Maravilhoso, Frater... Maravilhoso.

Você conseguiu sintetizar algo que é difícil: a angústia mesclada com esperança de um término/início de ciclo que, sabemos, é apenas uma convenção.

Parabéns!