domingo, 9 de setembro de 2007

aipotU

Sonhei um dia que não existia o verbo ter
A fantasia mística da lua encantava, ainda, os corações
O túmulo era lugar de descanso e não de antecipação trágica
A arma de fogo sequer enfeitava os museus, era um nada
A poesia ainda se sentia
A noite ainda era calmaria
Minhas lágrimas eram para alegrias
E não existia tristeza senão a tristeza da despedida necessária do dia
Que não se matava animais para se alimentar
Que a meditação intermediava conversações cotidianas
Que a natureza e os animais eram respeitados, sem excessos
Que eu poderia sorrir sem medo do futuro
Que o alistamento não fosse obrigatório
Que Jesus fosse o exemplo de todos.
Só existe utopia onde não há imaginação.
Desse sonho não quero mais acordar.

Amém.

(lê-se o título ao contrário)

2 comentários:

Unknown disse...

Tenho este ambiente em minhas meditações. Lamento que esse poço de calmaria mantenha-se preso lá.
O que posso fazer é imaginar, enviar bons fluidos ao nosso planeta, encher de energias positivas tudo ao meu redor... Lutemos por um mundo melhor!

Isadora Dias disse...

Tens a mim como companheira de utopias...

Me alimentas com teu pensamento e me animas com tuas palavras. Graças a você mesmo há algo de novo lá no Picante, pelo no mutcho sabroso... :D

Paz Profunda!